Depois de utilizar o Excel durante anos, sem explorar muito o Power pivot, tive dificuldade no início em entender os relacionamentos entre tabelas de um banco de dados relacionais.
O que me ajudou muito foi no curso que fiz em Eng. de dados que pude entender melhor o conceito e na prática, foi a necessidade do dia a dia de utilizar os JOINs no sqlserver entre as tabelas e com isso fui aprendendo a gerenciar relações tre tabelas no Power BI.
A primeira ação que faço é entender melhor os dados que estou trabalhando, identificar padrões, tratar o dado o máximo possível em uma query e ai sim carregá-la dentro do Power BI.
Em resumo, basicamente as principais etapas, seguimos os passos abaixo:
🔹Requisitos de Negócio (trabalho em conjunto com o solicitante para deficições)
🔹Modelagem Conceitual (diagrama de entidade-relacionamento - DER)
🔹Modelagem Lógica (define as tabelas, os campos, as chaves primárias e estrangeiras, e outras restrições de integridade). É fundamental saber com clareza o conceito e diferença entre chave primária e chave estrangeira.
Chave Primária:
A chave primária é um atributo ou um conjunto de atributos que identifica exclusivamente cada registro em uma tabela.
Chave Estrangeira:
A chave estrangeira é um atributo ou um conjunto de atributos em uma tabela que faz referência à chave primária de outra tabela.
🔹Normalização (Dividir as tabelas em estruturas mais eficientes)
🔹Modelagem Física (criação das tabelas, definição dos tipos de dados, criação de índices, etc)
Durante a modelagem de dados, você define as tabelas, seus campos e as relações entre elas. Isso ajuda a estruturar os dados de forma lógica e a garantir a consistência e a integridade dos dados ao longo do tempo. A modelagem de dados bem feita é fundamental para facilitar nosso trabalho nas próximas etapas.
Recomendo desabilitar o reconhecimento de relacionamentos entre tabelas de forma automática. Para isso, clico em Arquivo | Opções e configurações | Opções | Arquivo Atual | Carregamento de Dados e desmarco a opção de detectar automaticamente novos relacionamentos
Assim que a tabela é carregada, no menu vertical ao lado superior esquerdo, clico em exibição de modelos. Clico com o botão direito em alguma tabela, e clico em Gerenciar relações.
Seleciono as tabelas as quais irão se conectar a partir de agora, seleciono as colunas que possuem dados em comum.
No exemplo abaixo, assim que comecei a trabalhar com dados na empresa a qual presto serviço hoje, identifiquei a necessidade de criar uma tabela TABAGP pois ela me oportuniza a construir diversos paineis e ajudar o operacional de acordo com a regra de negócio da empresa, facilitando a análise dos dados. Com isso, o relacionamento entre os dados flui de forma muito mais eficaz por este motivo, é preciso entender realmente a necessidade da empresa, pois não existe uma "receita de bolo". É preciso analisar antes de agir.
No Power BI, o gerenciamento de relacionamentos é uma parte essencial da criação de relatórios e análises. O Power BI permite estabelecer relacionamentos entre tabelas com base em colunas comuns, como chaves primárias e estrangeiras. Isso permite que você crie visualizações e análises que envolvam várias tabelas, combinando os dados de forma eficiente. Neste exemplo, minha chave primária esta na TABAGP na coluna COD_PK, isso significa que na coluna COD_PK cada registro de linha é único (não se repete) e a outra tabela é uma tabela comum que existem diversos registros, inclusive com o CODIGO_SECAO repetidos. Com isso, farei o relacionamento de muitos registros para 1 registro na TABAGP e com isso, a "mágica" acontece.
A partir deste momento, com os relacionamentos criados, consigo trabalhar de maneira mais fácil a criação de medidas, utilização de filtros, etc.
Para que você possa entender melhor podemos dividir as cardialidades dos relacionamentos em quatro:
🌐 1 para N
🌐 N para 1
🌐 N para N
🌐 1 para 1
Exemplo prático, 1 departamento possui N funcionários. Por tanto, este relacionamento será de 1:N